Para conhecer o Livro Sexto de Géa

O Portal Laranja


Aviso! Os resumos apresentados neste site para os livros de Géa contêm os desfechos e os segredos dalgumas histórias desenroladas na obra. A leitura desses resumos reduz a tensão (o "suspense") e a surpresa, ao lerem-se os próprios livros. Porém, Géa não é apenas história, tensão e desfechos. Géa é obra-prima literária; e tal coisa significa máxime estilo, forma e conteúdo, sem olvidarem-se a mensagem e os diálogos - tudo isso e muito mais não se acha nos resumos. Assim, preferi conservá-los como estão, pois creio que, mesmo lidos e descobertos alguns segredos e desfechos, a leitura da obra não se prejudicará. Para quem discordar, criei este aviso. Cláudio César Dias Baptista - CCDB

Resumo do Livro Sexto - O Portal Laranja

Clausar é vítima de professores rígidos; um deles, mestre de rônio, língua morta símil ao latim.

Dá-se o mais deslumbrante romance entre Clausar e Únia, ambos virgens e juveníssimos, no ambiente mágico de Selvespessa, entre florestas virgens feito eles e piscinas transparentes sob cachoeiras, nas quais nadam brilhíquos como se fosse no ar!

“Espectros” (no idioma teruzês; o do país Teruz, planeta Géa, onde mora Clausar) significa “anos”. São, para Clausar, dezoito anos de frustrações com o primeiro casamento e de aventuras com muitas kenas, as “mulheres” do planeta Géa. O capítulo é essencial para o entendimento da história de Clausar e do escrito Géa. Mesmo assim, o autor cortou trechos onde a semelhança com pessoas da vida real, na Terra, as pudesse ofender.

O Portal Laranja é o portal da viagem de Clausar por meio da droga chamada KSE, espécie de LSD geóctone. Neste capítulo, obra-prima de literatura, Clausar conhece na psique, pela emoção, quanto havia descoberto coa razão.

A viagem lisérgica inclui a experiência mística, queiram ou não místicos inexperientes, os quais se aventuram a dizerem não se tratar da mesma coisa, sem terem experimentado ambas. Isso não significa defesa, por parte do autor, do uso de drogas! Ao contrário, é seu alerta para os riscos desse uso e mostra o início de tragédias, causadas por este.

As próprias iniciais dos primeiros parágrafos contêm mensagem subliminar - sem aviso à Leitora, ao Leitor - para a evitação de drogas. Mas o Leitor e a Leitora atentos encontrarão essa mensagem citada no Livro Treze.

Neste capítulo, Ky, a filhinha de dois anos de Clausar e Badiú Maboa, sua primeira esposa, é levada por esta para viver longe do pai. O sofrimento de Clausar é imenso. No fim da viagem lisérgica; vendo sua filha partir; já em verdadeira levitação sob os primeiros raios de Rá, o sol de lá; Clausar abençoa Ky e roga-lhe ao Cósmico vitorioso porvir.

O pedido se concretizará, e Ky tornar-se-á a maior bailarina de todos os tempos nas galáxias. Mas isso Clausar inda não ficará sabendo, pois só conhece seu mundo; e a filha subirá a outros, levada por sua Arte e por Ky, a protetora homônima, a deusa da Dança, a qual realmente existe.

Sérias é o irmão caçula de Clausar, músico exímio.

Num dos mais belos capítulos de Géa, dá-se nova experiência com o KSE; e, desta vez, dela participam todos os membros do conjunto musical Os Atlantes, composto por: Ardo e Sérias, irmãos de Clausar; Ree, esposa de Ardo; mais dois músicos contratados.

Amigo de infância de Clausar, Ra-El também entra na aventura, bem como uma vizinha dos Atlantes. Clausar é o único a manter-se sóbrio, para guiar seus amigos e evitar-lhes maiores danos. Clausar tentou demovê-los, e só os acompanhou porque lhe disseram que iriam, mesmo sem ele; seguiu-os, portanto, para protegê-los e a quem mais pudesse.

As passagens do escrito Géa onde aparece o KSE foram escritas para alertar a Leitora, o Leitor, sobre os perigos das drogas, mesmo aquelas atóxicas, feito o LSD, o qual, segundo enciclopédias, não provoca dependência química; mas que, segundo o autor, pode levar a vida de quem o usa e de seus circunstantes a conseqüências trágicas. Essas conseqüências são exibidas na obra com absoluta clareza.

O começo da aventura se passa na Catedral do Um, imenso templo religioso dedicado ao culto do Filho do Um e dotado de uma etérila (no caso, órgão) de tubos magnificente.

A aventura desenrola-se em múltiplos planos, num dos quais predomina o arquétipo das mãos; e isso é explorado pelo autor com extremo bom gosto e apuro literário.

O capítulo “Sérias” é vernáculo, castiço, perfeito!

E a Catedral vive momentos de caos, quando Sérias arrebata o teclado das mãos do eterilista (no caso, organista) e põe-se a tocar freneticamente, fazendo os tubos do instrumento subirem como foguetes e as imagens vivificadas dos vitrais voarem pela imensa nave!

Eis Ardo a atirar-se num vôo quase suicida ao badalo do Pai do Som: sino descomunal, o maior fundido em Géa. E Ardo dá agoureira badalada extra com seu impulso, observado com desdém por certo pássaro semelhante à águia.

Clausar salva o irmão da queda, constata-lhe a súbita demência e tristemente o ouve a acusá-lo, em meio a pensamentos torvos.

O pessoal torna à Serra da Rítua, onde mora; e Sérias caminha sobre as nuvens a tocar sua Etérila de Ouro, instrumento musical criado por Clausar.

Sérias é iniciado então na Irmandade Galáctica, mas não pode contar-lhe os segredos, ali revelados, a Clausar, a quem pede paciência e confiança, enquanto levita acima de um vale, já sumidas as nuvens.

Eis agora a triste loucura de Ardo e o sofrimento de Clausar mais Badiú, ao terem de segurá-lo à força para um psiquiatra aplicar-lhe injeções sedativas e levarem-no a um psicoenkikome, espécie de hospício no qual encontrará um dia quase a morte. O público-alvo é o da tragédia.

Para alguns, “Ansata” será o mais belo capítulo de Géa.

Nele é exposto o enredo e descrita passo a passo a coreografia do bailado Ky, executado por Ansata num grande teatro de Géa, onde Clausar instalou o sistema de áudio.

Clausar está presente ao espetáculo, assiste a Ansata... e apaixona-se perdidamente pela bailarina, ignorando tratar-se de sua filhinha Ky, ida e crescida entre os Galácticos, espécie de deusa da dança em muitos mundos, cujos palcos aflora com ágeis pés, na ponta das sapatilhas.

Clausar fica ali sentado na platéia, meditando, imaginando futuro romance com Ansata, enquanto o público, morto de vivamente aplaudir, já vai saindo, feito zumbis.

Quando Clausar decide ir aos camarins encontrar Ansata e declarar-se, é tarde. As passagens estão fechadas; e até como construtor do sistema áudico local, ninguém lhe permite o acesso.

No capítulo “Nu”, Clausar enfrenta e vence mais de vinte guardas, enquanto sua luta é transmitida pela televisão, chamada ao local do tumulto, o teatro onde o herói teima reentrar pela porta do fundo para falar com Ansata.

Mesmo vencendo os adversários, o geóctone não encontra sua musa, ida em alvinitente limusine.

Clausar acaba desnudo no combate e refugia-se nas dobras do manto da grande estátua de Ky, a deusa da Dança.

Afastado o perigo, o enk se põe noite alta a caminhar despido e a meditar pelas ruas derredor, até resolver entregar-se à polícia - e o faz.

Nenhum dos mais de novecentos verbos presentes em “Nu” é repetido nesse capítulo, obra-prima e talvez recorde mundial.

CCDB


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