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Excerto do Livro Décimo de Geínha - Os Insetos

Deuses e Ky Único das akakýas e das acácias de mãos dadas ao redor dos fissuradores, dois dos quais, Tóxia e Posenk, são Kyálteres de Kys Únicos; recebida a resposta de Ceres sobre a diferença entre as plantas, as pedras e os animais; bebido pelos fissureiros o líquido alaranjado da esfera criada por Akaký; vivenciada a experiência mística inefável (impossível de descrever em palavras), nossos protagonistas (personagens principais) obtêm a metade da tão esperada resposta para vencerem a coisa e derrotarem quem lhe está por trás. Aprendem a alcançar e a controlar, sem o perigo das drogas, o estado mental e o lento ritmo circadiano das plantas: podem sentir o tempo passar e ver o mundo igual o sentem e vêem os vegetais - e isso lhes mostra muitos e muitos fatos, jamais percebidos antes.

- Trrrroooooon! Bom, pessoal: é hora de voltarmos à superfície da gia (terra do planeta Géa) e nos despedirmos.

- Ahhhhh... - fazem os fissuradores; e não faltam um “Bip...”, um “Beep...” e um “Maw...”.

- Akaký está certa, meus heróis. Vocês têm missão importante a cumprirem, e o Ky Único das akakýas e das acácias já realizou a sua parte. Eu gostaria...

Ao eriar (ouvir com érios) a fala de Prosérpina, cujo nome grego prefiro usar por ser mais sonoro: Perséfone; fala essa acompanhada do seu sorriso, inaudito (do qual nunca se ouviu falar) no Hades (Infernos) e desde quando foi raptada por Plutão; Rá retrograda (anda pra trás), deslumbrado coa pulcritude (beleza) da divindade. Semi­paralisado pelo orgulho de se ver chamado de herói por tão belos e poderosos lábios, o enkinho tropeça numa raiz de Akaký, mas é amparado por Talia; e esta lhe dá sorrisinho mais lindo ainda, comparado ao da Rainha dos Infernos...

Ao ver Perséfone sorrir, Plutão, o qual já dera o seu primeiríssimo sorriso, como contei no finzinho do Livro Nono, dá outro, e outro... e não pára!

Cérbero seguira os donos até o lado de cá do rio Estige, ficou de guarda lá num canto e põe-se a rosnar! Depois, começa a latir a mais não poder com suas três cabeças, já curadas dos ferimentos feitos por Héracles.

- Chiu!!! - faz o deus terrível, voltando ao cão tricéfalo (de três cabeças) um olhar de petrificar Medusa! E Cérbero se petrifica, mesmo! Vira pedra; não, da de mentira; sim, da de verdade! Pura rocha!

- Ah... 'tadinho dele, “Plu”...

Ao ouvir Perséfone tratando-o com familiaridade nunca vista, chamando-o de “Plu”, o deus dos Infernos se derrete! Mas não derrete por maneira de dizer: ele derrete MESMO! Com sua cor de bronze, derrete igual sorvete de chocolate, flui pelo chão até a água do Estige e vai, feito corrente de lama viva, té o cão petrificado. A lama sobe da água à margem; corre de baixo para cima, como filme passado ao contrário; e grimpa (sobe) as quatro patas do Cérbero empedernido (petrificado) até o envolver inteiro. Depois, volta pelo mesmo caminho da ida e recompõe-se onde estivera, volvendo à forma original de Plutão.

Cérbero move-se, vai abrindo as três bocarras pra latir de novo; mas lembra-se da petrificação, mete o rabo entre as pernas e foge, ganindo, a refugiar-se no fundo de um abismo insondável, distante abaixo nos Infernos duas vezes quanto se afastam estes do céu, cercado por três sáxeas (pétreas) muralhas, circundado pelo rio Flegetonte e vigiado pela fúria Tisífone, do topo de altíssima torre: o Tártaro! lugar trevoso, temido até pelos deuses, a quem Júpiter ameaça ali lançar quando se enraivece, onde ninguém senão ele próprio, o cão infernal, jamais esteve, numa toca de meter medo à própria Escuridão!

- Tu ias dizendo... - fala Plutão num tom caricioso nunca saído de seus ferozes lábios, enquanto sorrindo acena à esposa, convidando-a a prosseguir. E ela o faz:

- Eu gostaria de presentear a cada fissurador uma lembrança minha. Porém, a matéria destes Infernos não deve chegar à superfície de planeta algum, onde espalharia maldições...

- Não seja por isso, querida... - responde Plutão, sempre a sorrir, como se fosse um deus alegre. Ah! se Baco e Apolo o vissem assim... Ah! se os olímpicos soubessem... Não faltaria assunto de mexericos (fofocas) para a Discórdia (chamada Éris pelos gregos), durante mil anos!

O flamipotente (poderoso nas chamas) Plutão porém não se incomoda coa Discórdia nem com deus algum: ele só vê perante si a sorridente Perséfone! E profere (diz alto) o juramento mais sagrado dos deuses, em nome do Estige:

- Podes brindar-lhes qualquer coisa de nosso reino, meu mal... isto é, meu bem. Eu removerei as maldições.

Plutão estende a destra (mão direita), traça um arco de luz negra no ar escuro rumo às paragens terríveis onde penam as sombras (almas de pessoas mortas); eleva a sinistra (mão esquerda), desenha um segmento de círculo (outro arco) de luz áurea sobre os já iluminados Campos Elíseos, onde habitam as almas dos bem-aventurados...

E os umbrosos (sombrios) Infernos se transmudam!

Por momentos, o Reino da Treva clareia e colore-se inteiro de estranhas plantas aromáticas. Perséfone colhe flores de ouro com caules de electro (ouro ligado a prata) e presenteia os fissureiros, sem olvidar Tóxia, a quem dá pequeníssima semente para plantar uma flor do mesmo metal, com perfume atrativo a zúnias e moscas. A telária súbito se some coa semente, e reaparece no ombro de Rá.

 

.................continua


Opinião pela LEITURA COMPLETA DE TODOS OS LIVROS DE CCDB, REALIZADA POR EUSÉBIO PIZUTTI

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