Súbito, Clausar se vê num deserto de areias quentes e secas, dunas miríficas de topo ondeante, plissadas por flexuosidades sinuosas e perdidos rastros de mínimos habitantes ocultos. O géon de um sol desconhecido rutila no zênite aviolado; e fresca aragem de oásis verdejante afaga a face suada, tensa pela batalha mental.

- Fique aqui, Criador! Repouse neste sítio, o mais matemático da espira! Deixe-se invadir por aquele estado de atenção tantas vezes definido, conquanto sempre incompreendido por minha esfera mãe - a "Paz do Agora"! Observe no oásis cada interessante criatura minúscula, conte cada fascinante grão de areia. Veja de perto as facetas de cada cristal! Quando estiver faminto, há os frutos das tamareiras da Terra! Se quiser companhia, poderei criar as mais belas fêmeas, tal como aquelas três ali na tenda, à margem do riacho: uma, terráquea ventúria, da mais negra e macia tez; outra, geóctone lúmida, da pele dourada cheia de arrepiadas lanugens; a última, de 2 Psi Virginis, da mais alva e rosada cútis. Todas são vestais intocadas; por outro lado, se preferir, poderei preencher-lhes a mente com mais de mil e uma histórias!...

O corpo de Clausar é invadido por incontáveis sensações prazerosas. Todos os sentidos físicos e interiores antecipam a eternidade de Paz, Amor e Contemplação! Está subjugado o enk... Deixa-se vaguear pela areia macia, cair e soerguer-se. Envolvido no mais acariciante dos pós, deriva té encontrar as mãos das três huris. - Finalmente! Enfim um contato amigo! Um toque amoroso! Um abraço! Carnes macias, vozes juvenis, cetins e gazes a mal cobrir os tons negros, trigueiros e róseos!


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