Três bastões, três bobinas e um volante, como no disco de Ardo, a Alienbalada

Com um volante magnético simples (similar a guidom de automóvel antigo), formado por um aro, três bastões com suas bobinas e um núcleo perpendicular, igual na figura abaixo, podemos obrigar o campo magnético a ter a mesma polaridade ao redor de todo o aro e a polaridade inversa nas duas pontas, para cima e para baixo, do núcleo perpendicular!

Num dado instante do ciclo da corrente alternada que magnetiza o volante, o pólo norte está ao redor do volante em todas as direções radiais, e o pólo sul está em ambas as extremidades do núcleo perpendicular, para cima e para baixo!

No meio ciclo seguinte, a corrente flui em sentido contrário e o campo se inverte: sul ao redor do volante e norte nas duas extremidades do núcleo perpendicular, para cima e para baixo!

Eis o volante com suas bobinas, visto em perspectiva e ainda sem o campo magnético:

Na figura abaixo, vemos de lado o mesmo volante, já com os dois campos magnéticos toroidais: o de cima, cujos limites externo e interno se destacam feito duas bolhas de sabão, e o de baixo, qual duas outras bolhas, idem.

Na figura abaixo vemos em perspectiva o volante com bobinas e campo.

Um volante parecido com o das figuras acima foi criado por Clausar para a nave Alienbalada, de seu irmão Ardo, a qual possui o formato de um disco voador que engloba o volante. Essa nave não contém buracos negros, quasares nem Imaginátores: é movida por arcaico reator nuclear. Você pode saber mais sobre ela e suas (mesmo assim tremendas) aventuras, lendo Géa!

A tripulação da nave de Ardo aloja-se no recinto situado entre o núcleo perpendicular e o anel; e os três bastões do volante foram rebaixados, dando mais espaço aos tripulantes.

O volante da Alienbalada tem o inconveniente de conservar o núcleo perpendicular no centro da nave, o que obstrui a visão dos tripulantes nessa direção e toma-lhes um ponto importante do espaço. Porém, tal sistema é bem simples e presta-se aqui para explicar o da Laranja, mais complexo.

Na Laranja, Clausar resolveu o problema de maneira elegantíssima.

Segundo o mesmo princípio, mas inventando volante mais requintado, com doze bobinas e o núcleo perpendicular expandido em forma de segundo anel, próximo e interno ao primeiro, abre-se espaço dentro desse segundo anel, que é o ambiente onde se alojam os tripulantes da Laranja!

Para conhecer o Ionomag como aparece em uso na Laranja, clique aqui!


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