Três lâminas mágicas tocam-se no infinito! E, de um triângulo
onde dois lados são Vida e o outro é Morte, triunfa a Vida! A
dira foice dura quebra-se no ponto exato do toque; voa-lhe ao
Nada um terço da folha fria coa ponta aguda, e o corte do trapézio
restante passa bem onde deveria passar: próximo ao colo quente
de Arqueu, ceifando-lhe a metade direita do longo cabelo de
azeviche! O terço perdido da chapa de metal morto teria decapitado
Arqueu, pois Oég jamais erra um golpe. Ao toque macio do gume
no cabelo liso, a alma extinta do aço defunto atua: o porfioso fio
afiado desfia o fúfio desafio dos fios, o tridéltico perde a perenidade,
e sua figura imensa contrai-se; morre em si mesma, igual buraco
negro ao nascer e dar à luz a treva. Arqueu está de volta, salvo da
asfixia pela atmosfera de Pa, arfando feito homem comum,
aturdido qual reles mortal, ao lugar no rude carro da
Erictônio, à esquerda de Artrus e de Umglad.

No instante da quebra da nefasta lâmina, todos os símbolos
autênticos da arma de Oég, em todos os planetas (e são tantos!)
onde a foice existe, partem-se no mesmo lugar. A magna foice
do emblema sobre o portal do quadrigódromo também se rompe;
e a ponta despenca, fincando-se no chão, onde será preservada:
soturno monumento à diurna vitória, levada ao céu por Umglad!
As foices comuns e os signos falsos, nos quais
ninguém crê, continuam ilesos.

A ação seguinte é de Pa, a Alma do feiticeiro. E essa ação,
como todas as interferências no mundo dos vivos, até aqui
praticadas durante sua estada no Guajupiá, custa-lhe bem caro!
O poder de Pa é magnífico: faculta-lhe esmoer estrelas qual
se sevasse aipim no caititu; todavia, só Tupã tem potência ilimitada.
Cada intrometimento de Pa entre os vivos rouba-lhe parte da
existência no Além! Cada vez faz aproximar-se-lhe o instante
do renascimento em forma humana, da sua reencarnação
no corpo dalguma criança terráquea!

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