- Lamento interromper, Criador: detecto atividade anormal nas
cercanias do vórtice. Oég dirige a nós fortíssima sonda e...

E um clarão rutila nos mira-olhos írios de Clausar!

Os írios de Clausar - Capítulo XCVIII

Antes de terminada a exploração da sonda, a Laranja é colhida
pelo mais tremendo impacto de toda a sua aventurosa e venturosa
existência! Um impulso de cadavérico plasma parte da base da
foice e chofra a proa da psiconave! A despeito dos Imaginátores
e da solidez sobremaneira superior do seu ancoramento no plano
mens, comparados aos buracos negros mais o quasar, o próprio
registro da âncora nesse plano é abalado. Os tripulantes da ritmonave
sentem-se como se ela fosse a bola de pebola chutada por Skiné,
voando à solta pós a paradinha, na cobrança de um pênalti; e eles,
a pobre câmara de teleimagens, posta dentro da pelota por algum
cruel inventor, para captar de ângulo inusitado a emoção do chute!

Posenk não tem massa e não é afetado. Clausar, com Tóxia no posto
de combate, é arremessado para a frente. O sólio retém o corpo do
comandante até o limite, sabido pelos circuitos da Nau de Géon,
e solta-o, para não o esmagar com excesso de retenção. Clausar é
projetado contra o painel de mórfax, logo abaixo do anel superior
de enerfrátax; as células hidromórficas afundam para amortecerem-lhe
a pancada e retomam a forma normal. O triomega ricocheteia e cai
ao chão de reatâncio, desfalecido, traje branco salpicado de sangue.
Durante o percurso do enk, Tóxia salta-lhe do cocuruto ao painel
e fica ali, aguardando o estato oportuno de agir.

Faço estas imagens, que valem por mil palavras, para convidar você a ler
cada palavra, que vale por mil imagens, de meu livro Géa!

© 2002 - 2008 - CCDB - Cláudio César Dias Baptista

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