Cumpre-se a profecia da pedra de Tenebrae: "- Descontente com
o relativismo das criaturas superiores, Géo iniciou o fim abrupto
desta Grande Pulsação; todavia, quando se cruzarem as lâminas do
metal gédio com o metal de rótrons mortos, decidir-se-á o destino
do Universo.". E o destino está decidido: o vórtice foi vencido, e
a Grande Pulsação prolonga-se! A parte do abisso-ritmo já consumida
pela trovosa voragem faz falta ao Cosmo, entrementes permanece
Universo bastante para o Todo retomar a normalidade.

Oég relaxa e solta a manete. A Morte aquieta-se e deixa os braços
penderem ao longo do tronco. Lugubremente belo, salientes zigomas,
o crânio calvo inclina-se para trás e descansa no apoio da curul. A
cília cerra-se sobre o írio sinistro. Ainda afetada pela faixa
alvirrubra de Ky, a voz rouca faz-se eriar,
pausada e abismosamente:

- Eu desisto, Clausar. Enganei-me. Pensaste antes de lutar. Fizeste
bem. A vitória é tua. Venceste a Morte. Apruma-te e anda!

O EXÓS libera a mente de Oég e desmortifica a Morte. A Laranja
recolhe os plasmáticos tentáculos com as ecoarmas, lá fora. Vão-se os
efeitos dos raios antiabisso, e a sala é recomposta pelos Imaginátores.
Somem as chagas; Clausar parece recém-saído da melhor sala de
massagens das beldades bipsicas e já sai vestido de branco. Tóxia
salta-lhe ao mesocrânio e ancora firme, quando o enk se endireita
diante da Morte. Oég abre o írio, desce do sólio e cede, com um
gesto cortês, o lugar a Clausar. O enk não senta: conserva-se de pé,
deferente com o adversário batido, cuja palavra pensa ser a
garantia da sua sobregediância, e não a única, pois a confiança
em Géo e em si mesmo, apoiado pela esférula, é maior.

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