- Mawmawmaw... Estou chegando! Como é grande este írio!
Fechado, dá dois tamanhos meus! Maw! Não vejo a géona do
enkinho! Ele tinha uma, cor das flores de caule espinhoso.
Nos írios era bem forte! Mawmawmaw...
Concentrar! Contactar Kytelária...

Pronto... Sinto o Kytelária. Está aqui... Está em toda parte!
Poderoso Kytelária! O mais belo de todos os Kys!...

Mawmawmaw... Kytelária! Ajude-me! Dê-me a Géa para abrir
o írio do enkinho! É nosso Amigo! Gosta de telárias! Tentou
valer-me, quando fui stingeada pela malocelada zúmbia! - e a
telariazinha abre as oito pernas (uma delas ainda pequenina e
em crescimento), distende os palpos e arreganha as quelíceras;
toxioégios limpos; veneno retido. Seus oito ocelos cintilam
brilho fotônico, mesmo no escuro. Escuro para tridélticos e
geóctones, para Rá e os enks; não, para
telárias, poderosas predadoras!...

- Mawmawmaw... Quieta... Não há vento. Calculei certo a torção
da télia. Maw... Não há rotação. Estou bem por cima do írio
direito do enkinho. Se esticar mais as pernas dianteiras
poderei tocar... Por enquanto, não devo. Maw.

Kytelária. Géa! Géa para meus ocelos! - e dos dois ocelos frontais
maiores da telária surge um duplo cordão de géon leitoso. Na
escuridão da lúmia no 1508-A, poderíamos enxergar de longe
apenas essa fraca luz. Sai do negrume para o nada... De perto,
bem próximo ao rosto de Rá, veríamos o reflexo azulado do
géon na cília cerrada. Destacada em negro contra esse fundo
prânico, delineia-se a silhueta aberta da
telária. Imóvel, suspensa no espaço...

De vez em quando, os palpos movimentam-se num vaivém
cadenciado; e o fluxo de géon ondula, obediente. Segue para
dentro do írio de Rá, atravessando-lhe a pele da cília. Nos dois
pontos quase coincidentes onde penetra o géon, o reflexo azul
matiza-se em vermelho sanguíneo, e a transparência
exibe capilares pulsantes.