- Oi, pai! - responde o enkinho. Um perfume de cabelos femininos
anuncia a entrada de Gia. Mesmo antes de iriá-la surgir
no Laboratório, Rá complementa: - Oi, mãe!

- Oi! - exclama feliz a bela geóctone, aparecendo na passagem
arqueada. - Seu frikta está pronto ali em cima da pia, quentinho
ainda e coberto; coma enquanto pego a mochila e o uniforme.

- Hoje não é preciso mochila nem uniforme, mãe!
Não há lições; só, a prova.

- Ainda bem! Essa mochila vive cheia demais e faz até mal pra
coluna!... Mas a roupa Você vai trocar, sim; pois, se tirar, pára
em pé! - exige a mãe. - Tome, deixei preparada. - e Gia entrega
ao enkinho um macacão azul, muito bem
lavado, dobrado e cheiroso.

- Hum! Tá delicioso! 'brigado, mãe! - diz Rá, comendo de pé,
coa boca cheia. Enquanto mastiga, saca o traje, joga-o ao chão
e veste o indumento limpo. Ninguém nota (fora o bio) a rápida
passada da mãozinha perto do colarinho vermelho e o salto de
Tóxia; tudo muito bem sinritmizado, a
telária já está sob a gola azul.

- De nada, filho... - responde a linda kena, recolhendo e enrolando
a veste suja, sem ligar aos modos do enkinho apressado.

- Bem... Já acabei. Estava ótimo. Vou indo pra
escola. Agéo, mãe! Agéo, pai! Agéo, bio!

- Agéo filho! - diz Clausar, lá dentro do emaranhado psídico.

- Boa prova, filho do Criador! - augura a máquina biótica.

- Você não comeu tudo! Não está tão atrasado. Tenha
calma e coma o resto. - reclama a beldade geóctone.

Na montagem, parte ambiente de realidade virtual e parte fotografia, Dalgiza representa Gia; Rafael
está no papel de Rá; e eu, de costas, faço-me de Clausar. Tóxia, no ombro de Rá, é ela mesma... - CCDB.

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