Desempregado, Clausar aproveitou o ritmo livre para dedicar-se,
com Ra-El, à construção de astrubos. A técnica aprenderam no
Astrário do Madeirapoeira, onde, pertentando sob orientação de
técnicos da Associação de Astróbios Amadores de Salo, conseguiram
desbastar, polir e espelhar cristais ópticos de frátax, com dezesseis
e com vinte centitrezêmbilhos de diâmetro, e montar magníficos
astrubos. Mais tarde, Clausar adquiriu um espelho de trinta
centitrezêmbilhos já pronto, e nunca o usou: trocou-o por
matrizes para a confeção de partes de etérilas.

O porão do Astrário abrigava a grande turbina para a renovação
do ar no salão de espetáculos. Ali ficava também a cozinha, usada
apenas para o preparo de soma quentinho, servido a toda nônada
aos sócios da Associação de Astróbios Amadores. A limpeza do
ambiente era fundamental, pois no meio do aposento cravavam-se
as colunetas, onde os aprendizes desbastavam e poliam cristais
para astrubos. Qualquer grão de abrasivo perdido poderia arruinar
o trabalho de cromats e cromats, passados a girar em torno do
espelho e a movimentar essa peça (ou sua contraparte, a ferramenta)
para frente e para trás, para frente e para trás, para frente e para
trás, em movimentos predeterminados com precisão. Essa
atividade resultava nos devidos raios de curvatura; dava as
características plana, esférica, parabólica ou hiperbólica;
ajustava bordas caídas; e realizava outros ajustes,
adequados a cada refletor.

Na foto acima, batida nos fundos do Planetário do Ibirapuera durante a observação da passagem
do planeta Mercúrio entre nosso orbe e o Sol, retocada e ampliada por mim, meu grande amigo
Raphael Vilardi representa Ra-El, personagem de Géa que baseei nele próprio.

Veja esta foto de Raphael Vilardi aplicada noutra página deste site

A semelhança do Astrário do Madeirapoeira, que se situa no planeta Géa,
com o Planetário do Ibirapuera se explica por meio do Teorema de Clausar.