- Oégeas lançadas, senhor!!!

As oégeas seguem perfurando o espaço rumo ao destino; e as
dezenas de ninhos com seis grupos de armas AGEER diversas,
tripulados por aracnopólipos e numerosos membros doutras espécies
subordinadas preponderando em horribilidade, aguardam a vez
de entrarem em combate, abrirem árion pelos postigos e fazerem
do objeto não identificado seu tormentório campo de tiro. Dedos
e os mais diversos tipos de membros e apêndices esperam, nervosos,
para desfecharem raios contínuos azuis de vivo géon coerente,
esguicharem chuvaradas em pulsos intermitentes de gédons rubis,
varrerem metralha rotativa de glóbulos gedônicos esmeraldinos
e canhonearem cilindros de luz soládica, ciânicos trens de ondas
anulares e jactos diruptivos de ruído branco eletromagnético.

No principal ninho de armas das zúnias-gigantes, a conversa rola
solta; concomitantemente zunem nos metatórax as cavas das asas
extirpadas pelos amos pêntios e oscilam os cotos dos halteres,
decepados para impossibilitar as escravas de voarem. Estes
seres simples falam como pensam e exprimem-se com lorpa
linguajar redundante; em seu interior, se existe, ainda não
predomina o crivo da sensatez, nem, por outro lado, impera
a hipocrisia. Num bom livro, o pleonasmo reduz
o ruído; entre as zúnias, é superfluidade:

- Zun! Não bastava alertar-nos com alerta de meia ventosa?

- Zun! Zuna alto! Sem as nossas asas, para por elas
ouvirmos os sons, ficamos quase surdas: moucas!

- Zun! Não bastava alertar-nos com o alerta de meia
ventosa!?! - repete, mais alto, a primeira zúnia-gigante.

- Zun! É! Eu estava no melhor da minha refeição (só minha! hem?)
Zun! quando nos alertaram com o alerta de plena ventosa!

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