- BIO: cortar reator seis. Calcular ressonância da câmara.
- BIO: Sintonizar Ionomag. - calibrada onda de pressão
modula o fluxo ardente dos injetores da câmara, e o vai-e-vem entre
o campo Ionomag e as paredes do enorme impulsor da Ventura
produz halo de máximo brilho. A reflexão faz trepidar todo o
sistema e a Laranja com ele.

- BIO: inverter fase, ao meu comando. - e Clausar aguarda
o estato preciso, observando a cor do árion e a frente de onda entre
a ritmonave e as paredes da câmara.

Ávidas de géon e ação, as pupilas do enk dilatam-se sob a
intensa claridade, contrariando a natureza. Estreito aro, rúbeo de
cólera, resta dos diafragmas íris.

- Agora!!! - e o bio inverte a fase do Ionomag. Terrível pulso
contrai e dilata a vaga estática, transformando-a em onda de
choque. Quando alcança a superfície interna da câmara, as couraças
não suportam o impacto: imensa explosão deflagra, com a Laranja
no centro.

Estilhaços e gases candentes alcançam os outros motores,
perfurando-os e incendiando-os. Reagindo em cadeia, reator per*
reator, os dezesseis arrebentam; vomitando árion, destroços ígneos
e fumaça em todas as direções; num festival de vermelhos, amarelos
e negrores. Criam o próprio meio ondulatório e expandem-se em
som, no espaço!...

A ritmonave mantém estabilidade inalterável, enquanto a
imensa Ventura perde um terço da massa e encalha no vácuo; fica
a emitir luz rubra pela fuselagem superaquecida, clarões, fragmentos
dos motores e a gerar calor, muito calor.

*Nota: substituo a preposição "por" pelo sinônimo "per" em vários pontos do texto de Géa,
para evitar cacófatos - e reabilitar o belo som do já não antigo vocábulo. - CCDB.

Ver texto em cor laranja sobre o sistema de vôo atmosférico Ionomag ©.

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