Enquanto a ritmonave readquire a forma discóide, coruscante
arco idaico de alta intensidade e contínua idagem salta de
monstruoso eletrodo terminado em esfera, projetado
à popa da Ventura, fortemente guarnecida.

A arma Flúon descarrega violência na calota superior da Laranja.
A têmpera do eletrodo pêntio suporta correntes capazes de fundir
qualquer liga terráquea ou geóctone. Bem assim, reatâncio, o metal
galáctico da calota da ritmonave, é a própria eletricidade - e Clausar,
o deus dos elétrons! A Nau de Géon refulge qual estrela branca a
12.000ºN. Supera Rá em magnitude. E resiste, inabalável.

Na boca de Clausar, o gosto ácido de gota de limão pingada sob
a língua faz espirrar saliva: é o PSID, indicando a
idagem elevadíssima do ataque sobre a calota.

Entre outras coisas (como para sentir o paladar de frutos, água e
mais substâncias externas à nave), o sensor gustativo serve como
acuradíssimo auxiliar na análise química, sem arriscar a saúde do
enk. Com ele, o geóctone pode até provar do mais violento veneno,
conhecer o sabor de Oég! Neste caso presente, está sendo
útil como idímetro de idagem contínua.

- BIO: IONOMAG; corrente contínua na calota superior, polarização
cátodo, idagem dobrada. - comanda o enk a sorrir num esgar.
Intensíssima, a descarga inverte-se; a esfera no eletrodo
da Ventura torna-se o ânodo, escandesce... e resiste.

- BIO: intensidade trinta gigândries. O arco engrossa, e a esfera
azulece a 30.000ºN. Também a calota da ritmonave assume o azul;
ainda assim, os dois contendores suportam o extremo fluxo de carga.

Em ritmo: ândrie e seus múltiplos são as unidades geóctones para
intensidade de corrente elétrica. Honram o nome
do físico nório Maper Ândrie.

- BIO: ativar doze bobinas, intensidade máxima, andriagem contínua.
- então, o alongado campo magnético toroidal deflete o arco
geoso de raios catódicos numa enorme, flexuosa e espessa parábola
safírica, distanciando-se uns sessenta trezêmbilhos da ritmonave.
A idagem é altíssima, e não se interrompe a emissão.

- BIO: reduzir idagem nas bobinas dirigidas à Ventura.

Em resposta à deflexão obliquada do volante, a parábola inclina-se,
o ângulo de saída na esfera tangencia o casco da portentosa nave
de 5 Ro Bolinei, e a descarga salta-lhe do eletrodo à fuselagem,
recortando enorme e larga filigrana no metal, em catarata de
grossas fagulhas. Imponderáveis, põem-se a orbitar, talvez
buscando o retorno ao imenso corpo ferido...

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