A GRÁVIDA E A COBRA! - esta página é primeiro lugar em pesquisa do Google!

Tigres rogam a deus contra o desmatamento em desenhos animados e no texto nu; a hidra e o dente-de-sabre na silhueta das nuvens correm das armadeiras nas teias de mudas partituras em quadrinhos. A phoneutria pára.

Neste quatorze de maio de dois mil e oito, estava eu a avaliar no lendário Sistema de Áudio CCDB a música que meu amigo Marconi Ricciardi recém-esboçou para a obra Géa, quando o telefone aqui à direita do computador de trabalho tocou.

 

Era Cristiane Gonçalves Borges, sobrinha de meu amor Dalgiza e esposa de Wanderson Costa da Silva, a mesma Cristiane que nos acompanhou na aventura de fotografar pela primeiríssima vez em todos os tempos as Montanhas de Cristal.

Só que... agora Cristiane está grávida de nove meses! E sua voz assustada perguntava por Dalgiza.

Informei Cristiane que Giza estava longe, aparando a cerca viva, e perguntei se podia me dar o recado. Quase não pôde...

Mas enfim, ofegante, conseguiu contar que, com Wanderson no trabalho, estava sozinha em sua casa, a dois quarteirões daqui... e ali com ela se achava... uma cobra!!!

Procurei acalmar Cristiane, disse que iríamos já até sua casa; ela agradeceu e desligamos.

Com quantas pernas me restam, deixei este computador mais o lendário Sistema CCDB a tomarem conta de tudo com seu magno som e corri aonde Giza se achava. Contei-lhe por cima da cerca viva semi-aparada o caso urgente; e, colhendo pelo caminho as ferramentas, fomos aonde as mantemos guardadas, para ali deixar as inúteis e apanhar as que servissem para enfrentarmos a cobra.

Feito isso, disparamos pelas ruas de terra batida té chegarmos à casa onde a possível tragédia nos esperava... eu de facão embainhado e cinta numa das mãos (nem sequer perdi tempo em fixá-lo na cintura), ancinho na outra; Giza com armamento semelhante, ambos dispostos ao que desse e viesse para o salvamento da Cris...

Depois de vencermos o mato e as irregularidades de terrenos baldios para cortarmos caminho, alcançamos a abertura no muro em construção que rodeia a casa de Cris - e já olhávamos derredor, sentidos alertas pra Tarzan dos Macacos nenhum botar defeito!

Lá dentro da casa, o escuro... o silêncio... quiçá a cobra! os dentes quem sabe aferrados em...

- Olá!!! Criiiiiisssssss!!! - soou a voz cristalina de Giza, cuja sibilância final me fez lembrar "Sssssss!" - o filme que por aqui chamam de "O homem-cobra"...

- Gi-gi-gi-za!... - foi a pequena voz que escutamos lá de dentro.

Felizmente, a cobra não atacara...

A porta dos fundos entreabre-se e, por detrás, uma assustada figura grávida, a olhar pelo vão as lajotas onde pisávamos, contou aos arrancos que a cobra não se achava com ela dentro da casa; sim, ali mesmo na área da máquina de lavar, pertinho de onde nos encontrávamos... Aliás, Cris a vira pela última vez bem atrás dessa máquina...

O ancinho foi a coisa mais parecida com um gancho para guiar ofídios que encontrei; e, assim, com ele nas mãos e seus dentes para cima, adiantei-me cauteloso rumo à máquina de lavar, cujo vulto branco parecia ocultar um vórtice de tornado, pronto a saltar sobre nós e nos engolir coa rapidez das serpentes venenosas - que esta bem podia ser uma, porquanto a casa de Cris e Wanderson defronta a mata virgem de uma reserva florestal!

Ah... que bom. Eu acabava de vê-la. Giza a viu. Não era cobra venenosa, não (1). E nem era grande. Mas era o ser tão injustiçado na religião do Deus Egoísta.

Durante a corrida de minha casa té ali, confesso que me recordei da aventura da aranha armadeira, a phoneutria ochracea, e não pude deixar de me lembrar de você, Visitante deste site. Uma pena que não possuíssemos máquina fotográfica, pra registrar esta nova proeza...

Já perante aquele animal tão belo e colorido de brasileiras cores, mais autênticas nele por lhe estarem na própria pele; ao ver que a espécie da cobra era bem conhecida de Giza (nascida e criada no interior de Minas Gerais), mesmo assim evitei contato mais direto, tanto para nossa proteção quanto para a da serpente, que tentaríamos devolver incólume ao seu hábitat, como fizéramos com a phoneutria ochracea.

Com todo o cuidado, manuseei o ancinho; mas o ofídio se ocultou sob a máquina de lavar, talvez subindo-lhe para o mecanismo. Ih... como tirá-la dali de dentro, se entrara por baixo e sabe-se lá onde estaria?

Mas Giza, com melhor perspectiva, viu bem que a cobra ultrapassara a máquina por trás e se achava agora enrolada numa corda branca e azul, em que seu verde e amarelo e suas voltas se mimetizavam muito bem, num canto mais escuro.

Fui até ali e, puxando com calma a cobra entre os dente do ancinho, consegui levá-la para um lugar mais aberto, sobre o piso cerâmico derredor da casa. Que lindos coleios fazia... Rápida, sim, mas não a ponto de me escapar, parecia confiante, ciente do que me ia nas circunvoluções do cérebro...

Pensando sempre no site, na foto, no benefício para os ofídios brasileiros e em aqui colocar mais um empreendimento interessante para chamar a atenção dos editores - ó editores! mais esquivos e desconfiados que as cobras! a maior obra escrita de todos os tempos aqui vos aguarda! -, não me aventurei no entanto a pedir que Cris, grávida e impressionável, trouxesse sua máquina fotográfica digital para colher fotos da captura da nossa amiga serpente.

Assim, a captura ficou sem registro fotográfico - mas qual imagem vale um bom texto, e mais quando este conta a verdade?! Quem quiser pensar que comprei a cobra na venda da praça, tudo bem. Que pense. Não estou nem aí.

Com a cobra gentilmente presa por mim entre as costas do ancinho e o piso, Giza voou até nossa casa para trazer o mesmo vidro em que estivera a aranha armadeira, pois nada ali em casa de Cris parecia apto a conter o animal, para que o pudéssemos transportar até a mata e lá o soltar.

De volta numa velocidade superior à da Luz - como é próprio de divinas cobras e humanas deusas - Giza colocou o vidro no chão e, depois de algumas tentativas - ela com uma pinça improvisada de duas tabuinhas; eu, sempre com o ancinho e ora coa destra a segurar a cauda daquele "S" verde-amarelo de lúcidos músculos braSileiroS, logramos meter a cobra enfim no vidro sem feri-la.

E a tampa por cima.

Claro! Mantive a tampa folgada, por vezes a levantando um pouco, para suprir de ar o ofídio.

Agora pudemos chamar a Cris, que veio com a máquina fotográfica digital - já não a mesma da aventura das Montanhas de Cristal; sim, uma bela japonesa Sony DSC S600 de olhos alemães Carl Zeiss (não podiam faltar mais esses esses...), quase tão brasileira quanto a cobra e a gente, produzida no pólo industrial de Manaus, em cujo chassi não falta o convite: "CONHEÇA A AMAZÔNIA". Não precisamos... temos de tudo perto de casa mesmo! hehehe... e a Amazônia eu já crio no computador! pois se o Brasil dormir no ponto, só mesmo no computador Amazônia será Brazil; perdão... Brasil...

Vejamos então as fotos, antes que você me morda!

Elas se acham ao longo desta página, na seqüência em que foram batidas; as três primeiras, por Cris; as restantes, todas por Giza.

Nesta página, as fotos foram reduzidas a 800 x 600 pixels para melhor caberem na tela de um computador qualquer, mas você pode vê-las muito mais detalhadas com o tamanho normal (2816 x 2112 pixels), bastando clicar sobre elas e usar o browser (no Internet Explorer, ajusta-se o tamanho da imagem por meio de um botão com setas no canto inferior direito da imagem).

Baixei a qualidade JPG para o mínimo (igual a "qualidade zero de JPG" no Photoshop), tanto nas imagens menores, as desta página, quanto para aquelas em tamanho integral, de modo a não pesar demasiado neste site e baixar mais rápido ao seu computador.

Caso você seja editor, jornalista, repórter, cineasta ou de outra mídia e deseje fazer matéria sobre meus livros, as fotos com qualidade máxima, resolução total - e sem o nome deste site escrito por cima - estarão ao seu dispor, bastando contatar-me e combinar uma visita a minha casa - inclusive para conhecer o local desta sibilante missão verde-amarela!

Terminada a missão da soltura da cobra verde-amarela, cuja espécie deixo aos herpetólogos o prazer de identificar, retornei com Giza té a casa de Cris, onde conversamos sobre o seu futuro nenê, acalmando-a, augurando-lhes o melhor porvir e pedindo-lhe que não hesitasse em nos chamar, caso sentisse algum efeito retardado do susto...

E ora de facão na cinta - que desta vez houve tempo - ancinho na mão, vidro vazio, máquina fotográfica e cabinho USB emprestados pela Cris pra passar ao computador as fotografias, voltamos Giza e eu pela estrada de terra batida a nosso lar, onde continuamos o trabalho, tão promissor como as cores daquela fléxil amiga que retornou ao dela.

- CCDB 14-05-2008

NASCE MARIA LUIZA!

Em 16-05-2008 masce Maria Luiza! Ei-la no berço! Foto dos pais - Cristiane e Wanderson.

E aqui está Maria Luiza no colo da mãe! - Foto do pai, Wanderson.

Algum tempo depois, Maria Luiza sentadinha no chão e já de brinquinho na orelha! - Foto dos pais, Cristiane e Wanderson.

Acrescentei as fotos de Maria Luiza a esta página em 11-01-2009 - CCDB

(1) ATENÇÃO!!! A SERPENTE (que chamo, como o povo, de "cobra verde e amarela") É VENENOSA, SIM, E PODE CAUSAR A MORTE A SERES HUMANOS COM SUA PEÇONHA!!! - É IMPORTANTE QUE VOCÊ LEIA AS MENSAGENS ABAIXO!

Por felicidade, o acaso (que pra mim tem outro Nome) me trouxe aos olhos o e-mail de José F. Haydu, o qual reproduzo abaixo. Em seguida, apresento a minha resposta a ele. José F. Haydu é Técnico em Telecomunicações - e, em minha opinião, mais que "Fotógrafo": um Artista em Fotografia. - CCDB

Mais sobre José F. Haydu e link para suas fotos magistrais

Mensagem de José F. Haydu para mim:

jose.haydu@om.netpoint.com.br

Caro senhor,
Por acaso encontrei o seu site, quando pesquisava assuntos referentes a serpentes. Sou fotógrafo e dedico-me a registrar imagem de pássaros, insetos, serpentes e o que aparecer. Para ter um registro fiel, sempre faço a classificação científica e olhando as fotos da serpente que o senhor capturou e depois devolveu à natureza, ocorreu-me que devia fazer um comentário. Trata-se de uma cobra muito comum, popularmente chamada de cobra-verde, cujo nome científico é Phylodrias olfersii. O senhor a menciona como não venenosa e eu mesmo a achava assim, até que um dia tive informações contrárias. A picada desta serpente deve ser considerada merecedora de cuidados médicos, pois embora ela não tenha os dentes incisivos inoculadores de veneno, ela pode causar estragos. Os dentes inoculadores são muito pequenos e localizam-se mais ao fundo da sua boca. As toxinas do veneno são descritas como semelhante às da jararaca e existem pelo menos 2 casos de óbito (ambos no R.G.do Sul) registrados. Os biólogos afirmam que os poucos casos relatados, felizmente se devem ao fato desta serpente não ser agressiva e não possuir os dentes inoculadores frontais, o que lhe deu o falso status de não venenosa.. Mas se a picada for nas mãos, principalmente entre os dedos, os dentes inoculadores podem alcançar os tecidos e causar envenenamento.


Estas informações que estou repassando, encontrei na internet justamente quando eu pesquisava os nomes científicos dos espécimes que fotografava. Vou ficando por aqui, para não tomar muito do seu tempo.
Um grande abraço e felicidades.

José Francisco Haydu Rolândia-PR.


Minha resposta a José:


Caro José:
muito grato por este e-mail ótimo. E parabéns pelo seu trabalho e seus conhecimentos herpetológicos!
O senhor me autorizaria colocar a cópia desta sua mensagem em meu site, na página A Grávida e a Cobra (a página que o senhor leu), e também na página "Opiniões sobre Géa e Geínha"?

Esta mensagem sua seria útil a todos os que visitassem essas páginas e corrigiria a falta de informação deste amante da natureza, um leigo que só procura ajudar. Assim, esses visitantes estariam mais alertados sobre o risco de contato mais próximo com a Phylodrias olfersii.

Autorizado pelo senhor a reproduzir esta sua mensagem, eu logo corrigiria aquele meu "não era cobra venenosa, não" que escrevi na página da aventura.

Com esta sua exposição, sinto-me ainda mais feliz, por ter evitado para Cris e sua filha um risco maior do que imaginava. Obrigado, em meu nome, no dela e no de toda a família.

Ah! a Phylodrias decerto também lhe agradece, pelo restabelecimento de seu status venenoso... se o senhor me permite brincar com assunto sério.

Qualquer nova mensagem sua será sempre um imenso prazer para mim. Nem cogite em estar tomando o meu tempo, que tempo é pra isso mesmo, e nada melhor do que investi-lo em amigos - pois amigo espero que doravante me considere e a todos aqui.

Aceite o meu abraço, forte pra Constrictor constrictor nenhuma botar defeito - que delas há muitas por aqui também - e já ajudei a salvar, com os bombeiros, duas delas, graúdas, com alguns metros cada, que estavam no fundo de um poço na casa do vizinho ao lado. Foram soltas naquela mata das fotos.

Cláudio

 

Se você gostou desta página, por favor! pelo bem do Brasil! ajude-nos na busca de editores para nossos livros.

© CCDB 2008/2009

 


Muito mais sobre cobras e seus poderes - em cujo mundo cientista nenhum audaciosamente jamais esteve... você lerá no capítulo "Hýpna Sínua Botórsia", do escrito Géa, quando meus livros forem publicados. - CCDB


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Conheça a Aranha papa-mouse!!!

Arregale os olhos ao ler A visita da coruja!!!

Ame de paixão O gatinho Kimê - The kitten Kimê!!!

Mais fotos na Galeria de fotos da Família CCDB, Dalgiza e RDB!!!

- CCDB - 06-01-2008

 


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